O velho observa a garota, que observa o rapaz, que observa a mulher, que observa o homem, que observa o dinheiro, que é notado pelo mendigo, que é observado pelo policial que não olha para o carro, que esta sendo assaltado pelo bandido que por um segundo olha para a mulher que cuida do seu filho, que brinca no parque, que olha para o prédio.
E no prédio, o rapaz observa a rua. E do parapeito ele olha a cidade. E os abutres observam o corpo. Que cai.
Lentamente. Que o tempo não perdoa e deixa passar. Os segundos, o minuto.
Que não escuta voz alguma, que o coração ainda vive a pulsar, que pulsa uma vez mais sem se preocupar.
Não tendo ninguém a observar, seu corpo...quando se estatela no chão.
O detalhe da Rosa caindo em meio ao sangue...deu um ar poético à tragédia que, no vácuo de um pensamento, se concretizou.
Lástima!
Meu eu-lírico, se matou.
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